Panos e pernas


Uma vez concretizado o amor de Jesus em nós passamos a necessitar ardentemente por almas. Sentimos uma vontade consumidora de levar o evangelho aos que ainda não conhecem a Cristo, de declarar ao mundo que alguém se importa e de fazer conhecido o reino. Sendo assim, cada pedaço, membro, articulação, célula, sentimento, personalidade ou músculo participam da entrega, não conseguimos amar o Pai por partes, mas com todo o nosso ser.


Escolhemos a dança e com ela conseguimos expressar intensamente nossos múltiplos sentimentos, é uma mistura frenética de gratidão, força, disciplina, entrega, unção, paixão, fogo, expressão, amor, intimidade, panos e pernas. Somos conduzidos pela esfera da adoração, dela vem a inspiração para nossos gestos. Não há quem consiga descrever o efervescente agir do Espírito Santo, é um embaraço devidamente sincronizado onde tudo se completa, tudo se adapta, tudo se encaixa nos perfeitos moldes celestiais.


Feche os olhos e sinta o som, mesmo que imperceptível. Permita se sentir, siga seus instintos naturais. Agora sim, acompanhe o ritmo, movimente seu corpo, relacione tempo e espaço, expresse seus sentimentos. Neste primeiro momento não existem regras, é só você, sua força e sua motivação. Então, deslize, exprime, voe, ainda que por milésimos de segundos. Inspire-se no Criador, na Sua divina criatividade, na Sua multiforme graça. Esse espetáculo é assistido do céu, não espere palcos, refletores, platéia, palmas. Antes, aguarde a maravilhosa sensação de entregar uma oferta movida ao único digno de receber. A Ele chegará como o suave cheiro de campo florido em fim de tarde. Não pare até que implorem por ar em seus pulmões, até que seque sua fonte, até que sinta o arder do suor nos seus olhos. Crie você mesmo a sua coreografia. Dê espaço para extravagância, quebre, construa, balança. É belas, é artes, é dança.
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