Nada de regras, somente escolhas!


Um sistema dita as regras e precisamos nos encaixar. Você não concorda, mas tem que se esforçar pra caber. Vamos! Se esprema, se esmague, mas se encaixe! Não importa se te sufoca, o importante é entrar. Fiquei quieto e de preferência calado. Atitudes regradas em função do outro. Alguém te copia, então trate de ser o que esperam de você. Apenas seja, isso basta! Não importa, tem que caber. Não faça movimentos bruscos e sorria, você está sendo filmado!


Por um momento minha tempestiva, limitada e humana mente me fez acreditar que as coisas funcionam assim. Por um surto instantâneo me deixei levar pelo gosto azedo de minha insignificante revolta. Mas, Sua palavra veio como LUZ! (Te amo!) Você me mostrou que é necessário mesmo sendo tão chato pra mim.


“Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem, tampouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos para que sejam salvos.” I Cor. 10:32,33


O Senhor é tão lindo que chega a me constranger. Tão simples e delicado, quando fala é diferente, bate de frente, contudo não chega a doer. Não vejo como regrinhas pré-estabelecidas, mas como escolhas a serem feitas. E eu Te escolho! Quero viver sua simplicidade pautada no amor. Sigo tentando...

Sem manha




Eu me vi de pé no meio de um gigantesco espaço aberto. Como uma criança envergonhada tapava os olhos. Tinha medo de abrir e me deparar com a densa escuridão que me cercava, preferia a minha, é mais aconchegante. Eu sabia que estava sendo observada por alguém muito grande. O silêncio era rasgado pelo choro que eu não conseguia guardar em mim. Meu corpo esperava tenso o toque de Sua mão. E nada! E assim fiquei lá parada por um longo tempo. Era noite e o frio esbarrava bruscamente em minhas pernas. Aos poucos o choro se aquietou e foi quase possível ouvir as batidas do meu ansioso coração. E me acalmei, mas ainda esperava ser abordada pelo suave toque de Suas mãos. Naquele momento senti como se não houvesse mais ninguém me observando. Nada acontecia, nada se movia, nada! O silêncio interrompia meus pensamentos. Fui criando coragem e lentamente fui escorregando as mãos e aos poucos fui abrindo os olhos. Nesse intervalo imaginei que estaria bem à minha frente esperando abri-los de vez, mas não. Fiquei sem norte! Fixei os olhos e a escuridão foi se dissolvendo e já podia perceber que mesmo longe havia uma paisagem. Meus pés pareciam estar enraizados na terra. Com muito esforço dei um passo inseguro na esperança de ser interrompida pelo leve toque de Sua mão. Me conformei com Sua aparente ausência. Caminhei alguns minutos até me sentir aliviada. Um sol fraquinho pediu licença e me veio fazer companhia. O sorriso, então, se apresentou de forma espontânea. E assim, sem esperar, Você tocou meus ombros e sumiu sem me dar a chance de compartilhar o sorriso. E eu olhava desesperadamente por todos os lados, mas Se escondia de mim. Aí, Te senti sem Te ver. O vento brincava com meus cabelos enquanto eu me abraça pra Te abraçar. Intimamente Te ouvi dizer baixinho: Me encontre no sorriso sem culpas, sem manhas, sem complexos, sem auto-piedade, sem medos e cheio de Mim. Tá bom! Respondi te amando ainda mais.

Incômoda exposição


Aí vem alguém, invade meu porão, mexe nas minhas coisas e me expõe. Me sinto invadida, exposta à claridade da lanterna dos olhos dos outros. Essa exposição me incomoda. Prefiro me trancar em mim e fingir esquecimento do que não admito possuir. Mesmo mofado e úmido meu porão é mais seguro do olhar terceiro que me mostra o que ainda não foi e precisa ser corrigido. Eu sei, mas saber que eles sabem me incomoda. Difícil mesmo é reconhecer que estão certos e que enquanto não for consertado irão permanecer e continuarão me expondo e me incomodando e me invadindo. Um ciclo natural das coisas naturais, naturalmente tratadas. E assim vou.

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