Até quando


Ela era linda até enxarcada de rugas, era doce até quando sua alma ardia de amargura, gentil até quando em alta voz xingava horrorosos palavrões. Ela conseguia ser forte até mesmo quando o medo saltava aos olhos, divertida até quando não havia resquícios de alegria em seu semblante, sorridente até quando lhe faltavam todos os motivos do mundo. Ela conseguia ser companheira até estando ausente. Era mãe até quando não precisava e amiga até quando precisava não ser. E continua sendo minha mesmo tendo me deixado há tanto tempo.

2 comentários:

Leila disse...

Nó Luana,vc é muito expressiva pra falar especialmente de sua mãe...
A saudade deve ser gigantesca!
Bjs

Pedro Resende disse...

Eu digo que perdi tempo em não ter descoberto isso no tempo em que eu poderia ter aproveitado mais. Essas pessoas, nossos pais, são, simplesmente, indecifráveis.
'o que nos resta a fazer é lembrar e amar com todas as forças essas lembranças que tanto nos dão força e nos alimentam no amor philos.'

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