É estranho saber que, mesmo sendo muitas, consigo
perceber seus ímpares detalhes. Sofro suas dores, levo suas cargas, grito suas
lamurias, sonho seus sonhos, luto suas guerras e as trago prum abrigo seguro
bem perto do peito. Mal sabem a força contida em seus sorrisos. Quisera eu
tomá-las pra mim. Há tanta beleza em seus olhos, há flores por toda a estrada.
Espalham plumas, cores, cantigas. Lindos seres encantados, carregados de magia.
Não sei de onde tiram tanta pureza. Um mundo vestido de flores e sementes de
sonhos em verdes tons de alegria. Um copo é um balde na mão, mas de
ponta-cabeça em suas cabeças chapéu de peão. Um risco é corda de malabarista,
olho de chinês, é rua, é bengala, é menino magrinho, é bigode de artista. No
coração guardam o segredo de ser campeão, sem sujar a mão na luta do medo da
vida. São delicadamente fortes, frágeis diamantes. Viciadas em abraço, carinho
e cosquinha. Pequenos raios de esperança rasgando o céu... Bagunça, pula,
corre, grita, cai, levanta, chora, bate, beija, abraça, chuta, dorme, rabisca e
ensina. E nós?... Não temos muito o que fazer além de se render, amar e aprender.
"Os homens em geral julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, pois a todos lhes é dado ver, mas a poucos lhes é dado sentir. Todos vêem o que tu aparentas, mas poucos sentem o que tu és"
Maquiavel
2 comentários:
Lindas, demasiadamente lindas palavras. Parabéns pelo texto!
Não sei nem como expressar... viver esse amor com eles é tudo
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